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JOSÉ ALENCAR

  GOMES DA SILVA

Nascido em 17 de outubro de 1931
Falecido em 29 de março de 2011
Aos 11 anos trabalhava na loja de seu pai. Trabalhou como balconista da loja A Sedutora. Aos 18 anos abriu A Queimadeira em Caratinga. Aos poucos foi mudando de ramo até abrir a indústria de roupas Wembley e depois a Coteminas. Foi presidente da Fiemg, senador e vice-presidente por dois mandatos.

    José Alencar Gomes da Silva nasceu no distrito de Itamuri, município de Muriaé, Minas Gerais, no dia 17 de outubro de 1931. Era o décimo primeiro de um total de quinze filhos do casal Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva.

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    O trabalho veio cedo e, já aos sete anos, José Alencar estava atrás do balcão da loja do pai. Em 1946, aos quinze anos, Alencar deixou a casa dos pais e foi para cidade trabalhar como balconista na loja de tecidos "A Sedutora", situada na parte térrea do Grande Hotel Muriahé. A vida na cidade não era fácil, já que o pouco que ganhava não era suficiente para pagar um quarto.

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    Dois anos depois, em maio de 1948, José Alencar mudou-se para Caratinga, Minas Gerais. Conseguiu lá seu segundo emprego na "Casa Bonfim" e, em pouco tempo, foi considerado o melhor vendedor da loja.

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    Quando completou dezoito anos, seu irmão mais velho, Geraldo Gomes da Silva, emprestou-lhe quinze mil cruzeiros para que ele pudesse abrir seu próprio negócio. Foi, então, que, em 31 de março de 1950, José Alencar abriu sua primeira empresa, "A Queimadeira", situada na Avenida Olegário Maciel, 520, no Barro Branco, em Caratinga. Morar na própria loja, "atrás da prateleira", e comer marmita faziam parte do esforço para baixar os custos e tornar competitiva a lojinha que vendia quase tudo: tecidos, calçados, chapéus, guarda-chuvas e sombrinhas. Sempre contando com o apoio dos irmãos, José Alencar manteve sua loja até 1953, quando decidiu vendê-la e mudar de ramo.

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    Iniciou seu segundo negócio na área de cereais por atacado, ainda em Caratinga. Logo, em seguida, participou - em sociedade com José Carlos de Oliveira, Wantuil Teixeira de Paula e seu irmão Antônio Gomes da Silva Filho - de uma fábrica de macarrão. Era a Fábrica de Macarrão Santa Cruz.

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    Ao fim de 1959, morreu Geraldo, seu irmão. José Alencar assumiu, então, os negócios deixados por Geraldo na empresa União dos Cometas. Em homenagem a ele, a razão social foi alterada para Geraldo Gomes da Silva Tecidos S.A.

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    Em 1963, construiu a Cia. Industrial de Roupas União dos Cometas, que, mais tarde, passaria a se chamar, Wembley Roupas S.A.

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    Em 1967, em parceria com o empresário e Deputado Luiz de Paula Ferreira, fundou, em Montes Claros, a Companhia de Tecidos Norte de Minas, a Coteminas. Em 1975, Alencar inaugurava a mais moderna fábrica de fiação e tecidos que o país já conheceu.

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    A Coteminas cresceu e, hoje, são diversas unidades que fabricam e distribuem os produtos. São fios, tecidos, malhas, camisetas, meias, toalhas de banho e de rosto, roupões e lençóis para o mercado interno, para os Estados Unidos, Europa e Mercosul.

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    Na vida política, José Alencar foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, presidente da FIEMG (SESI, SENAI, IEL, CASFAM) e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria. Candidatou-se às eleições para o Governo de Minas Gerais em 1994 e, em 1998, disputou uma vaga no Senado Federal, elegendo-se senador por Minas Gerais com quase três milhões de votos. No Senado, foi presidente da Comissão Permanente de Serviço de Infra-Estrutura - CI, membro da Comissão Permanente de Assuntos Econômicos e membro da Comissão Permanente de Assuntos Sociais. Elegeu-se vice-presidente da República do Brasil com Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, conseguindo a reeleição em 2006, assegurando, portanto, a permanência no cargo até o final de 2010.

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    Foi casado com Dona Mariza Silva tendo o casal três filhos.

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    José Alencar tornou-se um símbolo ao lutar por 13 anos contra o câncer. Faleceu no dia 29 de março de 2011, no Hospital Sírio Libanês, na cidade de São Paulo, aos 79 anos de idade, em decorrência de um câncer de abdômen e de falência múltipla de órgãos. Seu corpo foi velado em Brasília, com honras de chefe de Estado, e em Belo Horizonte. Foi cremado na cidade mineira de Contagem e suas cinzas guardadas na Igreja Nossa Senhora da Glória, distrito de Itamuri, onde foi batizado, em cerimônia realizada no dia 14 de maio.

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    No dia de seu falecimento, a presidente Dilma Rousseff decretou luto de sete dias. O prefeito José Braz decretou luto de três dias. O país parou para homenagear este grande homem, que foi um exemplo de força e de fé em Deus.

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